O celular toca, não quero saber quem é
Eu estou muito ocupado
fazendo tipo
Na verdade, só não
quero ter a certeza
Se não for você, vou me
decepcionar
Se for, eu já sei que vai
me magoar
Porque comigo as coisas
são assim
Dá errado com a pessoa
certa
E dá certo com a pessoa
errada
Então falo com quem
tenho facilidade
Com doses criminosas de
liberdade
Com quem o verbo desenrola
A palavra e língua
enroscam
Sem pressões no
discurso
Sem peso nas
entrelinhas
Somente uma boa prosa
com gosto de poesia
É que eu preciso de um
pouco de leveza
E um pouco mais de
cerveja
Pra que o presente que
não seja bem-vindo
Fique no passado e de
lá não retorne
Pra que tudo se torne
mais lindo
Como um beijo com gosto
de poesia
Diogo
Souza,
17 de janeiro de 2016, 00h:38