Já
é dezembro, férias da faculdade e do estágio chegando e o Cara do Espelho está
aqui com algumas novidades. A primeira delas é que agora conto com uma ajudinha
para manter o movimento na fanpage no Facebook.
Isso
mesmo, agora eu tenho uma estagiária! Ela se chama Liliana Ferreira e também
escreve, aliás, tem uma sensibilidade incrível.
Ela
escreveu a base do texto abaixo para e por mim na semana passada e eu amei,
trabalhei nele e o resultado você confere agora, ao som de Paulo Ricardo “Dois”.
Aproveita
a nova ferramenta e comenta usando o seu Facebook lá embaixo.
O medo da verdade
Existem pessoas que nunca tomam a decisão e ficam em cima do muro, na eterna dúvida covarde de não saber quem é ou para onde se vai. Acho até normal, mas eles andam machucando outros tipos de pessoas que não merecem esse sofrimento. Os “covardes” acham que dão aquilo que está em sua essência, dizem que são sentimentos profundos, mas, na verdade, não passam de lagos rasos de sentimentos ainda mais superficiais. Não se dão conta de que só temos um coração e quando ele é partido é ruim à beça juntar os pedaços e consertar. Eles vêm com um jeito todo especial e, de repente, mudam a conduta. O tipo de gente que eu atraio...
No
começo, tudo era amor e falava sobre tudo. Entrou em minha vida se achando dono
do coração alheio, sentou-se na melhor poltrona para assistir o espetáculo da
minha fraqueza e insegurança. E ainda incentivava: “Escuta, estou aqui e não
vou a lugar nenhum”. Aí, sem mais nem menos, jogou a chave do coração fora e disse
que não era certo. Virou as costas como se eu fosse um vendedor de loja e você um
cliente que não gostou da calça que não lhe caiu muito bem.
Agora, você vem de novo e me leva a um surto de indiretas, me deixando frio e calculista, beirando a amargura. Eu já estava me curando, mas você tinha que voltar e, sem dó nem piedade, meter o dedo em minha cicatriz ainda rosada e me deixa sagrando as lágrimas mal choradas.
Agora, você vem de novo e me leva a um surto de indiretas, me deixando frio e calculista, beirando a amargura. Eu já estava me curando, mas você tinha que voltar e, sem dó nem piedade, meter o dedo em minha cicatriz ainda rosada e me deixa sagrando as lágrimas mal choradas.
Só
que o tempo cumpriu seu papel e a ferida se fechou outra vez, agora pra mim
tanto faz. Você não sabe o que quer, e nem eu sei também, mas ainda acho que você
tem o dever de me dizer. Eu só queria ser especial, queria ser algo pra você, alguém
para confiar sem medo, para mergulhar de olhos fechados.
Eu
não ligo pra razão, muito menos a dos outros, sou emocional mesmo e essa é
minha qualidade e meu defeito. Sei que você quer, mas não assume o que sente,
coisas de mentes fracas, de quem tem dupla identidade, desvio de conduta, insegurança
ou apenas de quem é racional demais. Só espero sua decisão e vou seguindo a
minha vida até que você caia na real e perceba que posso ser sua salvação ou
uma das...
Meu
coração continua batendo num misto de esperança, aflição e ansiedade, tento
pensar positivo. Queria que me dissesse logo o que quer de mim ou de nós, pois
sou uma pessoa organizada e não quero derrubar meus muros das lamentações e
sair comemorando antes do tão sonhado “sim”. Preciso seguir o roteiro.
Olha,
não me interpretem mal, eu sou uma pessoa comum em busca de amor, se
apaixonando por pessoas erradas que até então pareciam certas... Ou talvez não
seja tão apaixonado assim, seja mais alguém fechado e amargurado, querendo não
querer e nem me importar. Às vezes, converso com meu reflexo no espelho e digo
que você não passa de um babaca, argumento dizendo que faltou às aulas dos 10 mandamentos
quando diziam: ”Amar ao próximo como a ti mesmo”. Devaneios.
Quer
saber? Acho que você não me ama, afinal como alguém que nem ama a si próprio o
suficiente pode amar outra pessoa? Quando nos amamos de verdade e aceitamos
nossas verdades, conseguimos nos doar sem medo do que “os outros” vão pensar,
até porque eles também não deixam de viver a vida deles por nossa causa.
Não
adianta fugir, é preciso entender e enfrentar, pois ninguém consegue fugir de
si mesmo por muito tempo e os nossos sentimentos são implacáveis, uma hora eles
vão te cobrar uma atitude. E acho melhor viver de emoção também, imagina você
no futuro, o que irá contar?
“Olha,
colega, eu sempre fiz tudo certinho como me mandaram e andei na linha que
desenharam pra mim e,NOSSA, minha vida foi um tédio total.”
Ou...
“Hei,
eu até que andei certo, usei a razão, mas a emoção também falava alto e eu não a
mandava se calar e seguia em frente. Às vezes, nós andamos aos tropeços e ficamos
vulneráveis diante das dificuldades, mas isso me ajudou a montar o cara que sou
hoje. Aprendi que medo é só coragem ao contrário. Devo o meu caráter, minha
personalidade e minha força a essas aventuras porque eu cresci entre uma queda
e outra. E, por mais que me sinta aos pedaços vez ou outra, sou feliz por saber
que não sou vazio, me sinto pleno.”
Enfim,
decida-se logo, e não se trata de pressionar, só estou dizendo que não nasci para
esperar para sempre. Além disso, há um risco de que, quando você finalmente
estiver maduro para mim, talvez você já possa estar podre.
Não
ligue para os aplausos ou para vaias, siga seu coração, pense em amor, pense em
amar e pense em quem ama, pois você será vítima das consequências de suas
escolhas.
(Texto
de Liliana Ferreira com colaboração de Diogo Souza)